quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cervejeiro Caseiro

Navegando da net a um tempo atrás dei de cara com uma comunidade que desconhecia existir no Brasil: Cervejeiros Caseiros.
Sim, eles existem... no Brasil não são muitos, porém o suficiente para participar dos diversos concursos de Mestre Cervejeiro espalhados pelo Brasil, inclusive um dos mais famosos, da Eisenbahn (www.eisenbahn.com.br).
Já no exterior, a coisa é muito mais difundida, principalmente nos EUA e Alemanha. Para se ter uma ideia, aqui temos poucos fornecedores de equipamentos e matéria prima, enquanto nos EUA tem uma Home Brew Shop em cada cidade, fora as lojas online)

Os processos utilizados pelos cervejeiros caseiros não exatamente novos, datam de milênios atrás. É claro que não se obtém uma Skol ou uma Original num processo caseiro, mas estas cervejas não merecem ser fabricadas em casa. Na sua casa, o mestre é você e são muitas as variáveis que permitem você desenvolver a SUA cerveja, adicionando mais (ou menos) malte, deixando-a mais amarga ou mais frutada, conforme a quantidade de lúpulo utilizada, ou mesmo escolhendo um tipo diferente de levedura para fermentar o seu "pão líquido". Pode ser tradicional e seguir as leis de pureza da Baviera ou adicionar caramelo, mel, açúcar mascavo, ou o que você imaginar que faça a sua cerveja ficar do seu jeito.

Desde que soube que é possível fazer cerveja em casa e não é caro, fiquei com vontade de tentar aprender este maravilhoso ofício como Hobby. Os equipamentos são bem simples e qualquer um com boa vontade e paciência podem fazer uma cerveja deliciosa em casa, ou pelo menos foi o que eu li.

Na internet eles vendem uns kits para iniciantes, mas como todo bom "pão duro" que gosta de projetos DIY (Faça você mesmo) resolvi comprar tudo a parte e montar o necessário, economizando uma graninha.

Não vou ficar detalhando todos os equipamentos nem nada pois, tem diversos sites que já fazem isso muito bem e eu vou colocar alguns links no final do post. Só adianto que não passa de panelas, baldes, instrumentos de medição, mangueiras e etc... nada complexo, afinal, a quinhentos anos atrás já se faziam cervejas maravilhosas com baixa tecnologia, certo?!

Nos próximos posts eu descrevo como foi a minha primeira leva de cerveja caseira e mostro como resolvi alguns problemas que encontrei até agora.


Sites interessantes:

ACervA Paulista Associação dos Cervejeiros Artesanais Paulistas - Muito legal, dão dicas de equipamentos (onde comprar), tem receitas e organizam encontros.

Cerveja Artesanal - A Turma - Dão boas dicas, são muito prestativos por email e vendem equipamentos e insumos p/ cerveja artesanal.

Brewing Sessions - Blog Brasileiro bem detalhado sobre cerveja caseira, o processos, equipamentos, DIY, insumos.

How To Brew - Livro Americano considerado uma das bíblias sobre cerveja artesanal, disponível gratuitamente para leitura online.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Log Book - Ilhabela - 13/09/08

Juliano, Zé e Eu

A idéia original era fazer dois mergulhos na Ilha dos Búzios, uma ilha a lesta da Ilhabela, utilizando a lancha Bacanuda. Faríamos uma saída por conta própria, mas por problemas técnicos, a lancha não ficou pronta a tempo e acabamos por fazer uma saída com a Colonial Diver p/ a região dos naufrágios (interior do canal).
Por ser dentro do canal de São Sebastião, a visibilidade nesta região é bem menor do que a ideal, visitamos dois pontos muito legais, porém que a visibilidade reduzida impede de ser sensacional.

1º Megulho - Ponta das Figueiras
Prof. Máx.: 11,3 m
Tempo: 39 min
Visib.: Ruim (4 m)
Temp.: 22,6°C

Mergulho no costão com pedras grandes e muitas tocas, é um lugar bem bacana, a vida não estava muito abundante. Os destaques foram para uma tartaruga calmamente descansando sobre uma pedra numa toca e um peixe morcego camuflado sobre uma rocha.
A visibilidade não estava legal, mas foi um mergulho bom. Este foi o meu 60º mergulho.

Flávio e Mari

2º Megulho - Saco do Cambaraú
Prof. Máx.: 10,2 m
Tempo: 42 min
Visib.: Ruim (4 m)
Temp.: 22,6°C

Caímos num parcel submerso próximo a costa. A visibilidade continuava ruim, mas foi um bom mergulho sem grandes surpresas. Como no mergulho anterior voltei com praticamente meio cilindro. No cabo de subida encontrei dois snorkels do grupo de piracicaba que estava com a gente.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

DIY (Faça Você Mesmo) Spool de Mergulho


Spool (ou finger spool) nada mais é do que um carretel normalmente fabricado na cor preta, podendo variar em 2 tamanhos, contendo cabos com 30 ou 50m de comprimento. Uma Spool é utilizada em pequenas distâncias. No caso do mergulho técnico, é utilizada em procedimentos descompressivos e na entrada de cavernas.

Como sempre fui fã de projetos DIY (Faça você mesmo) e ainda motivado pelo fato de que uma spool custa R$75,00 (sem o mosquetão) e não passa de um carretel com uma linha de nylon enrolada, resolvi fazer a minha própria Spool e agora compartilho com vocês:

MATERIAIS
- Chapa de Acrílico/Policarbonato de 3mm (eu já tinha uns restos aqui em casa)
- 1x Pedaço de cano de PVC de 1"1/4 por 5 ou 6 cm de comprimento
- Araldite Epoxi
- Linha de Nylon de 2,5mm

FERRAMENTAS
- Dremel com broca de corte #561
- Furadeira
- Brocas Chatas - 7/16" e 1"1/4
- Compasso


COMO FAZER
- Com o compasso marque dois círculos de aproximadamente 11cm de diâmetro
- Corte a chapa de acrílico utilizando a dremel, obtendo assim, dois discos de 11cm cada.
- Marque os oito pontos onde serão feitos os furos para prender o mosquetão, espaçados 1,1 cm da borda, conforme a figura anexa.
- Utilize a broca de 1"1/4 para fazer o furo central e a de 7/16 para fazer os oito furos nas bordas

- Corte o cano de PVC de 1"1/4 com aprox. 5 ou 6 cm
- Faça um furo de 3 ou 4 mm no centro do cano (para posteriormente prender o cabo)

- Encaixe os dois discos no tubo, deixando 1 ou 2 mm para fora de cada lado e mantendo os dois discos paralelos.
- Misture partes iguais da resina tipo Araldite e aplique generosamente (mas com cuidado p/ não ficar feio) tanto na parte de dentro quanto na parte de fora dos discos.
- Espere secar
- Passe a extremidade do cabo no furo do tubo, dê um nó para fixá-lo e enrole o cabo na Spool.

Terminado isso você só tem que comprar um mosquetão duplo e sua spool já está pronta!
Veja mais fotos de como ficou a minha:












ONDE ENCONTRAR
Todos os materiais são fáceis de encontrar em lojas de materiais de construção, com exceção do cabo que eu comprei na casa das cordas em SP (www.casadascordas.com.br) e o acrílico que eu já tinha e não sei onde comprar, mas também existe uma infinidade de materiais que podem ser usados (as spools que se vende por aí são feitas de DELRIN), portanto use a criatividade.

CONCLUSÃO
A Spool que eu fiz ficou com dimenões internas de 9,5 cm de diâmetro e 3 cm de largura e coloquei 30 m de cabo de 2,5mm, porém ficou um pouco apertado, por isso, nas instruçoes acima sugeri medidas um pouquinho maiores para acomodar 30 metros de cabo tranquilamente.
No total gastei no menos 10 reais para fazer a spool.
Abaixo segue o esquema de marcação para furação:

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Log Book - Laje de Santos - 03/08/2008



Laje de Santos - A saga

Depois do cancelamento da nossa útima saída, no dia 02/08/08 eu e o Maurício finalmente conseguimos marcar uma nova saída com o Luiz da ATM Diver para a Laje de Santos.

O tempo estava fechado como previsto e soprava um vento leve. Partimos as 8:30 da matina da Marina em São Vicente para uma viagem de 1h 30m até a laje e faltando 50 minutos, o vento apertou e o barco da Orion que estava na nossa frente ficou preocupado e pretendia voltar, porém após uns 20 minutos parados em mar azul, para a alegria de todos, resolveram que as condições eram aceitáveis para o nosso mergulho.
Chegamos na Laje as 9:30 e as 10:00 caímos na água. Valeu a pena todo o frio e tensão que passamos: a água estava espetacular, com visibilidade de mais de 25 metros e temperatura de 22ºC.

1º Mergulho
Caímos ná água próximo ao naufrágio do Morea porém fomos para a direita, em direção às piscinas. O mergulho foi bem tranquilo, com profundidade máxima de 20 metros fomos até as piscinas, porém chegando lá a correnteza aumentou bastante e decidimos voltar. Não tinha muita vida, vimos alguns cardumes e uns budiões bem grandes.
Além disso estava estreando o meu regulador novo com mangueirão no regulador principal e correu tudo bem, sem maiores imprevistos.
Prof. max.: 19,8 metros
Tempo: 42 min

2º Mergulho
Caímos em cima do naufrágio do Morea. A visibilidade estava tão boa que dava para ver o Morea inteiro da superfície. Chegamos no fundo e demos algumas voltas em torno do barco que esta apoiado sobre o casco e adernado a boreste, ficamos no naufrágio em torno de 20 minutos, continuamos o mergulho para a direita e novamente a visibilidade estava sensacional porém com pouca vida, alguns peixes grandes, mas o ponto alto do mergulho foi um baiacu imenso que encontramos no final do mergulho.
Prof. max.: 22 metros
Tempo: 43 min


Até a próxima.


fotos: www.oriondiver.com.br (tiradas no dia 02/08/2008)